terça-feira, 6 de setembro de 2016

A turma da baderna

Os partidários da baderna estão ocupando as ruas novamente. Agem respaldados pelo brado de uma ex-presidente que jurara honrar a Constituição. Afrontam a população e as instituições escorados em ordens unidas exaradas pelo partido que até ontem tinha a responsabilidade de zelar pela lei e pela ordem nacionais. Exercitam “a mais firme, incansável e enérgica oposição”. O PT de sempre voltou.

Neste fim de semana, grupos de manifestantes, irmanados com arruaceiros, ocuparam algumas ruas do país para protestar contra... a democracia. Afinal, quem sai de casa para pedir a deposição de um governo legítimo e exigir a convocação de eleição que a Constituição não prevê não está agindo de acordo com a lei.

Os baderneiros de sempre atuam insuflados pelo partido que comandou a nação por 13 anos e 8 meses e que foi afastado da chefia do governo em razão de ter simplesmente quebrado o país, espalhando a desesperança e o desemprego pelo Brasil afora, e ter patrocinado o maior escândalo de corrupção da história.

Dois dias depois do afastamento constitucional da ex-presidente da República, o PT divulgou um dos textos mais agressivos de sua história, para incitar seus sectários seguidores a tocar o terror, assustar a população e tentar impedir que o país supere as dificuldades criadas pela ruinosa política promovida pelo partido.

Num texto que parece escrito por algum partido que nunca esteve no poder, o PT condena tudo o que fez nos 13 anos e 8 meses de descalabro do governo que recém acabou. Como se o populismo rastaquera que Lula e Dilma vinham praticando tivesse produzido êxito e não logrado o maior fracasso econômico, ético e social da história do país.

Criticam as mesmas forças e agentes econômicos e políticos aos quais gostosamente estiveram abraçados por mais de uma década, locupletando-se do Estado nacional e levando adiante uma agenda que só produziu ruína, atraso e corrupção. Justo eles, cujos principais líderes estão umbilicalmente ligados às falcatruas descobertas pela Operação Lava Jato...

A incitação à violência e à divisão impulsiona atitudes fascistas pelo país afora e até no exterior. “Nosso objetivo central é colocar fim ao governo do usurpador Temer Golpista e conquistar o direito do povo eleger, direta e imediatamente, um novo presidente da República”. Quem, afinal, é que não aceita as regras do jogo democrático? Quem é que tenta, mais uma vez, aviltar a Constituição?

Há uma ampla maioria silenciosa farta desta gente que levou o Brasil para retrocesso inédito e que contamina as instituições, as relações sociais e até a civilidade. A resposta virá das instituições e também das urnas. A começar pela eleição municipal, em que o PT deve ser varrido do mapa – aliás, é sintomático como nem mesmo seus candidatos toparam ostentar a mítica estrelinha do partido em suas peças de propaganda...

A ofensiva autoritária do PT e seus satélites exige coesão e determinação daqueles que defendem o novo governo, no sentido de fazer prevalecer a agenda necessária para retirar o país do atoleiro, restaurar os princípios da moralidade que os petistas e seus associados destruíram e recuperar a civilidade na convivência entre os cidadãos – algo que o petismo não preza.

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