As consequências da recessão na economia são visíveis e bastante fáceis de perceber. No tecido social, os efeitos são mais insidiosos, mas também bem mais perversos. Um retrato dramático dos retrocessos decorrentes das políticas patrocinadas pelo PT veio a público na sexta-feira com a divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) relativa a 2015.
O IBGE mostrou que, depois de 11 anos de alta, os brasileiros empobreceram geral, tanto os mais pobres quanto os mais ricos. A renda caiu 5,4%, o que significa R$ 99 a menos na carteira a cada fim de mês, em média. Mas diminuiu ainda mais entre os mais pobres: quase 8%. Segundo os entendidos, principalmente porque o Bolsa Família não foi reajustado no ano passado.
Os dados de 2015 mostram que o efeito da crise econômica sobre a vida das famílias brasileiras foi fulminante.
A recessão jogou 3,6 milhões de brasileiros de volta à pobreza. O número de pessoas abaixo da linha da pobreza aumentou 19%, de acordo com cálculos da FGV publicados por O Globo. Havia 20,5 milhões de pobres no Brasil no fim do ano passado; agora, certamente há mais.
Surpreendentemente, a desigualdade diminuiu em 2015. Mas por uma razão muito ruim: todos ficaram mais pobres no país. Ou seja, as políticas petistas até tiveram êxito em igualar mais os brasileiros, mas foi por baixo... Secada a fonte da bonança internacional, o país afundou e empobreceu.
Pela primeira vez desde 2004, o total de pessoas empregadas diminuiu, e muito: 3,8 milhões ficaram sem emprego. O resultado é ainda mais severo que o apontado pela Pnad Contínua, segundo a qual a queda teria se limitado a 630 mil vagas, conforme sublinhou O Estado de S. Paulo.
Também estagnou o acesso a saneamento, diminuiu o número de domicílios com computadores e ligados à internet e de novas famílias com casa própria.
Os novos números da Pnad se somam ao levantamento sobre os indicadores de desenvolvimento humano no país entre 2011 e 2014, divulgado na semana passada. O Pnud havia mostrado que as condições de renda, educação e longevidade haviam perdido fôlego e a redução da desigualdade estagnara durante a gestão de Dilma Rousseff. Vê-se agora que o estrago foi maior.
Não há dúvida de que 2015 é apenas o primeiro de uma série de anos de retrocessos. O ano que agora caminha para o fim terá nova queda na economia, tão severa quanto a do anterior, aprofundando o buraco em que o país foi jogado pelas gestões irresponsáveis do PT. Haverá provavelmente combinação de redução de renda e aumento da desigualdade, inédita no país desde o início dos anos 1990.
Resultados como os da Pnad evidenciam o que os sequazes petistas insistem em negar: a profunda deterioração das condições de vida dos brasileiros em função da ruinosa política econômica patrocinada pelo governo Dilma sob aplausos entusiasmados de sua turma. O pior é que falta dinheiro no bolso para o povo pagar esta conta.
terça-feira, 29 de novembro de 2016
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