Luiz Inácio Lula da Silva encerrou nesta semana mais uma etapa da sua campanha eleitoral antecipada. O flagrante desrespeito à legislação não escondeu o malogro de sua caravana política por Minas Gerais. O estado, em frangalhos nas mãos do petista Fernando Pimentel, lhe virou as costas. A metamorfose virou farsa ambulante.
Lula passou por 21 cidades mineiras pedindo votos para voltar à presidência da República no próximo ano. No périplo anterior, visitara 28 municípios do Nordeste, que ainda lhe é um pouco mais acolhedor, até por conta das alianças que o petista mantém com os mais diferentes matizes de políticos que dominam a região.
Em Minas, Lula não encontrou sopa. Os tempos são outros e os comícios lotados de outrora deram lugar a audiências esvaziadas, como relatou a revista Isto É em sua edição desta semana. Faltou povo na equação do PT. Mal das pernas, o partido sequer conseguiu levantar uma mísera parcela dos recursos financeiros que pretendia obter por meio de vaquinhas para financiar o passeio de Lula.
Imagens acachapantes de fiascos e reiteradas ações de repúdio popular por onde Lula passou desaconselharam transmissões ao vivo por parte dos petistas. Nos palanques, Lula esteve sempre ladeado pela dupla da ruína: Dilma e Pimentel, que está aplicando em Minas a mesma receita do desastre que aprendeu em Brasília. Não faltaram ao ex-presidente apoios políticos regionais irrelevantes.
A aventura mineira do ex-presidente só não passou em brancas nuvens na imprensa nacional porque, de tempos em tempos, seu tino, e sua estrutura de marketing, lhe arrumava uma provocação para atrair manchetes. Lula é o Lula de sempre: só sobrevive no embate. Não será suficiente, contudo.
Luiz Inácio Lula da Silva representa o passado. O Brasil que ele sintetizava, e que poderia ter dado certo, deu no que o país é hoje: uma nação que luta para sair do atoleiro da sua pior crise social e econômica, com condições de vida bem piores do que há uma década e às voltas com chagas que já deveriam ter sido superadas, como a violência epidêmica do nosso dia a dia.
Mas o petista ainda é capaz de muitos desserviços ao país. Sua plataforma populista e demagógica prega contra as reformas estruturais que o Brasil precisa realizar para evitar o abismo à beira do qual as gestões petistas nos puseram. Pior: ameaça revogar o que de bom for feito agora. Lula não colabora com o país; Lula só tumultua.
As pesquisas de intenção de voto ainda dão Lula como o preferido do eleitorado. No entanto, 54% o rejeitam, o que torna improvável sua vitória em 2018. Antes, porém, de querer ludibriar novamente os brasileiros, o petista precisa acertar suas contas com a Justiça e pagar, atrás das grades, pelo mal que causou. Nas suas andanças pelo Brasil, já deve ter percebido que uma nova chance no poder ele jamais terá.
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
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