Mudar para empreender um combate intransigente à
corrupção, recuperar a ética e a transparência, o respeito às liberdades e aos
direitos da cidadania. Para trazer de volta valores que vêm sendo
cotidianamente aviltados no país. Para radicalizar a democracia representativa e
restaurar a confiança dos brasileiros num futuro melhor.
Mudar para construir um ambiente econômico mais
saudável, que abra mais espaço para a livre iniciativa e o empreendedorismo dos
brasileiros, que respeite o trabalhador e que recupere a capacidade de
regulação do Estado. Para reverter o processo de perda de credibilidade e o
retrocesso na nossa economia e para retomar a trajetória de desenvolvimento da
qual nos desviamos.
Mudar para tornar o Estado brasileiro um instrumento de
transformação da sociedade, de criação de oportunidades, de combate a
privilégios. Para dizer “não” ao desperdício, à burocracia opressiva, à má
gestão. Para superar o improviso, a ineficiência, a malversação dos recursos.
Para que se gaste menos com o governo e invista-se mais nas pessoas. Para
colocar o Estado a serviço do interesse público e não de uns poucos.
Mudar para que a educação
seja, de fato, um direito de cada brasileiro, prestado com qualidade e com a capacidade
para construir um presente e um futuro mais digno para nossas crianças e jovens,
abrindo-lhes também as portas do
mercado de trabalho. Para que o
esforço e o mérito sejam premiados e a verdadeira dedicação dos professores, valorizada.
Mudar para eliminar o abismo que divide o país entre
ricos e pobres. Para superar a pobreza, garantindo a assistência social e a
promoção de igualdade de oportunidades. Para empreender uma travessia rumo a um
Brasil mais justo, que não se limite à administração cotidiana da miséria. Para
que o cartão do Bolsa Família não seja a única herança que um pai deixe para
seu filho.
Mudar para que o Brasil deixe de ser recordista de
tristes estatísticas globais de violência e terra da impunidade. Para que o
governo federal deixe de se omitir e assuma a responsabilidade por coordenar e
liderar um combate sem tréguas à criminalidade e à disseminação do consumo de
drogas, que aflige milhões de famílias.
Mudar para que a saúde – prestada com qualidade – seja
efetivamente o que determina nossa Constituição: um direito do cidadão e um
dever do Estado. Para que o governo federal não continue a distanciar-se do
problema, se dedique a ampliar e a melhorar os serviços à disposição da
população e aplique melhor recursos que hoje são desperdiçados.
Mudar para que estados e municípios não continuem
vivendo de pires na mão, ajoelhados perante o poder do governo federal. Para
acabar com a distribuição eleitoreira de benefícios, que alimenta o
clientelismo e ressuscita o coronelismo. Para que os entes da Federação recuperem
sua autonomia e possam cumprir o que deles se espera: seu dever de cuidar
melhor dos cidadãos.
Mudar para que o Brasil não continue na contramão dos
preceitos da sustentabilidade, dilapidando recursos naturais, aumentando a
queima de combustíveis fósseis e o uso de fontes mais poluentes. Para superar a
dicotomia ultrapassada entre proteção do meio ambiente e desenvolvimento. Para
ampliar nossa produção e, ao mesmo tempo, assegurar a conservação do nosso
patrimônio natural, em aliança com a sociedade civil e o mundo empresarial.
Mudar para que o Brasil não continue a ser um país onde
é difícil e caro produzir, investir, empreender e trabalhar. Onde a criação de
riqueza por trabalhadores e empresários não seja punida. Para que nosso país
volte a ser competitivo, eficiente e produtivo; nossa estrutura tributária seja
simplificada e a carga de impostos possa ser reduzida. Para superar os gargalos
da infraestrutura e tornar a inovação peça-chave do nosso desenvolvimento.
Mudar para que o governo deixe de ser um entrave e se
torne parceiro do agricultor brasileiro. Para que o Ministério da Agricultura
não seja transformado em moeda de troca. Para que o produtor rural seja
valorizado e tratado com o respeito que merece. Para que a agricultura
brasileira seja uma potência não apenas da porteira para dentro, mas dela para
fora, tanto aqui quanto em qualquer parte do planeta.
Mudar para que o Brasil volte a se integrar ao mundo e
retome sua projeção externa. Para voltarmos a abrir mercados e oportunidades de
expansão para nosso comércio internacional, gerando riquezas em benefício dos
brasileiros. Para que não fiquemos a reboque de interesses alheios aos nossos e
antagônicos aos preceitos democráticos caros à tradição da nossa diplomacia e
do nosso povo.
Estes propósitos foram enumerados ontem pelo senador Aécio Neves,
presidente do PSDB, ao apresentar o documento Para Mudar de Verdade o Brasil.
Não há, ainda, respostas prontas para estes desafios. Nos próximos meses, conversando
com os brasileiros, elas certamente virão. O mais importante é que as balizas desta
caminhada rumo a um novo Brasil estão agora traçadas.
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