Há duas forças
políticas em disputa hoje no país. Uma prega o ódio; a outra defende a união. Uma
quer dividir os brasileiros; a outra busca uma nação que seja melhor para todos,
indistintamente.
Inverter estes papéis
é a estratégia de quem sempre apostou num Brasil conflagrado e, quando colhe o
que planta cotidianamente, age como o batedor de carteira que, apanhado, grita “pega
ladrão”.
Quem, mais que o PT,
vem insuflando o ódio e tentando, com seu discurso sectário, dividir o país
entre pobres e ricos, entre brancos e negros, entre elite e miseráveis? Não há cargo
nem liturgia que impeçam seus próceres de exercitar sua retórica da intransigência,
onde quer que a oportunidade surja.
Os petistas usam
todos os meios à mão, lícitos e, principalmente, ilícitos, para propagar sua
ode à divisão do país. Quem não está a favor do governo é tachado de “pessimista”,
de “perdedor”, de antipatriótico. Não apenas nos palanques, mas também em
solenidades oficiais. Cadeias de rádio e televisão tornaram-se tribuna de honra
para ataques partidários.
Os líderes petistas aproveitam
todos os espaços disponíveis – e subvertem os que não deveriam estar disponíveis
– para constranger adversários, sempre classificando-os como espécies de vendilhões
da pátria, traidores da nação, feitores do povo. Quem não está conosco está
contra nós – é esta a mensagem sempre veiculada pelos porta-vozes do PT.
Que militantes sectários
ajam assim, até vá lá. Mas a coisa muda muito de figura quando até a presidente
da República não se furta a desrespeitar quem pode interpor-se ao projeto de
poder total de seu partido. Foi o que fez Dilma Rousseff ontem ao atacar um
governador de Estado em mensagem gravada a petistas no lançamento de seu candidato
ao governo de São Paulo.
É assim que o PT faz
política: atacando, achincalhando, desrespeitando. Quando tomam apupos como
respostas, posam de vestais. As vaias e os xingamentos são difusos, partem de
gente insatisfeita com o governo, ainda que com maus modos. São uma réplica à forma
de governar de um partido e não agressão a uma mulher.
A retórica agressiva
do PT, em contrapartida, é parte essencial de sua estratégia política, espinha
dorsal de sua lógica de comunicação. Tanto que partiu de seu marqueteiro, o 40°
ministro da República, João Santana, a comparação
dos adversários de Dilma a “uma antropofagia de anões, (que) vão se comer, lá
embaixo”. Se nove meses atrás a ordem unida já era esta, imagina agora depois da
Copa...
O mago das campanhas
eleitorais petistas dá a nota, mas quem executa a sinfonia de diatribes é Luiz
Inácio Lula da Silva. A cada vez que lhe abrem os microfones para falar, o
ex-presidente mostra-se incapaz de produzir uma mensagem construtiva, uma
palavra em favor de uma concertação nacional. Sua lógica sempre é a do
sectarismo.
À guisa de “responder”
a investida da oposição, o petista exercitou ontem, mais uma vez, sua pregação
do ódio. Mais uma vez, apostou na divisão da sociedade. Mais uma vez, lançou
mão de manipulações da história e da reescrita do passado. É assim, e só assim,
que o PT busca conseguir seus triunfos.
Os brasileiros de
bem não suportam mais a maneira conflituosa de fazer política que o PT pratica.
Os brasileiros de bem querem, isso sim, a reconquista da união e da civilidade.
A mesma união que fez o país superar a truculência política, a instabilidade
econômica, o atraso social. A união que, nas últimas três décadas, construiu a
nação que hoje somos. O Brasil é de todos os brasileiros e não de uma facção
que dele considera ter se apossado.
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