O pessoal do PT
resolveu misturar gêneros em suas novas superproduções para a TV. Juntou filmes
de horror, ficção e fantasia para exibir um presente que não existe e falsificar
um passado que só a imaginação doentia e oportunista dos petistas é capaz de
conceber. Tudo para vender aos eleitores um futuro improvável.
O partido que
governa o país há 12 anos quer se apresentar à população como o portador dos
ventos da mudança. Talvez nem eles mesmos estejam aguentando mais uma gestão
tão ruim quanto a que faz Dilma Rousseff. Se eles ainda podem ter dúvidas, os
brasileiros têm certeza: não suportam mais quatro anos com a atual presidente no
comando.
A desfaçatez da
propaganda petista não encontra limites. Agora, até crescimento econômico virou
coisa de quem “torce contra”. Quando a onda era boa, e o Brasil surfava nela, os
avanços do PIB brasileiro eram trombeteados gostosamente pelo petismo. Mas isso
é passado; agora, dizem que fazer a economia crescer “não importa”.
É de se perguntar:
de onde, então, virão os empregos, as melhores oportunidades de trabalho, a
receita de impostos para o Estado tornar os serviços públicos minimamente
decentes, os investimentos das empresas, a prosperidade dos cidadãos? Florescerão
ofertados por algum salvador, possivelmente...
Embora seja Dilma quem
vá buscar um novo mandato nas urnas em outubro, o PT foge mais que o diabo da
cruz de mostrar aos brasileiros o que governo dela produziu desde 2011. O
esforço é sempre em caracterizar a obra completa e não os tétricos atos
recentes que a petista protagoniza. Ao contrário daquele velho slogan, pensam
que o povo é bobo.
Mas não adianta. Pode-se
cortar os períodos para baixo ou para cima, de frente ou de lado: com Lula ou
com Dilma, sempre nos saímos pior que todos os demais países da América do Sul
quando o assunto é a evolução do bem-estar da população. Duvidam?
O Brasil é hoje,
exceto a Venezuela, o país que menos cresce em toda a América do Sul. Mas isso
não é um feito exclusivo de Dilma, é obra de todo o PT: tal situação vem desde
2003, ou seja, desde que Luiz Inácio Lula da Silva ascendeu à presidência da
República. Parece incrível, mas é a mais pura verdade.
Entre 2003 e 2013,
enquanto o continente cresceu 60,7%, o Brasil avançou somente 45,7%. Neste período,
nenhuma, nem uminha, economia sul-americana foi tão mal quanto a nossa. A Argentina
e o Peru dobraram seu PIB no período, e até a Venezuela cresceu 61%, conforme atesta
a série estatística da Cepal.
Os petistas odeiam ser
comparados com outras realidades, mas o registro faz-se necessário: entre 1995
e 2002, uma época de vacas magérrimas em todo o mundo, o Brasil foi o quarto país
que mais cresceu entre os sul-americanos, perdendo apenas para Chile, Peru e Bolívia,
e acima da média do continente. Bem diferente da época atual.
Quem teve a pachorra
de assistir ao programa do PT exibido na noite de ontem deve ter pensado que
assistia a um gostoso filme da Sessão da Tarde, em que os malvados só pensam em
fazer ruindade com os outros e os bonzinhos sempre aparecem para nos salvar da
malvadeza. Bonzinhos, claro, são eles, os petistas. Sempre.
Quando Dilma aparece
no vídeo para vender um rosário de realizações na infraestrutura, o
telespectador – que, segundo a propaganda do PT, é “testemunha das grandes
obras em andamento para melhorar os transportes públicos” – deve ter tombado
para trás na cadeira. Em que país aquilo está acontecendo?
Quando a candidata diz
que seu governo se notabiliza por “estabilidade, equilíbrio fiscal e uso
correto dos recursos públicos”, os pequenos, médios e grandes empreendedores
que não encontram confiança para pôr nem mais um centavo em seus negócios temendo
o futuro, devem ter embrulhado o estômago. Já parecia filme de horror.
Mas o pior é Dilma dizendo
que tem “pulso firme no combate à inflação”. Foi algo capaz de fazer as donas
de casa que perdem o sono a cada vez que vão à feira e encontram o tomate mais
caro colocarem as crianças fora da sala de TV, porque o programa já estava ficando
impróprio demais para menores – e até para maiores.
Em mais um
convescote ontem à noite com jornalistas, Dilma Rousseff disse que está
tranquila quanto a sua reeleição, porque “a partir de agosto tem muito a
mostrar”. Vamos, então, nos preparar para o mais longo festival de mentiras que
a TV brasileira jamais exibiu. A julgar pelo que foi ao ar ontem, vai ter gosto
para tudo: para quem aprecia terror e para quem adora ficção. A realidade vai
continuar nos flagelando é fora da tela mesmo.
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