Trata-se de
estratégia coordenada, com iniciativas em várias frentes. Incluiu a postura crescentemente
belicosa assumida pela presidente da República, que transforma cada evento público
em palanque partidário, e não dispensa a franca beligerância quando o
protagonista dos ataques é Luiz Inácio Lula da Silva.
Contempla, ainda, a
escalação de ministros de Estado para atuarem como porta-vozes partidários e ventríloquos
do marketing oficial. A cada verdade que a oposição lhes lança na cara,
respondem com mais uma mistificação embalada em frases preparadas em birôs de
comunicação. Em governar, não se ocupam.
Em sua propaganda de
TV, o PT brande “fantasmas do passado”, mas a população brasileira está
assustada mesmo é com monstros do presente. Com a inflação que não apenas
ameaça, mas já lhe tira o sono após cada visita à feira. Com os serviços públicos
que não apenas atemorizam, mas lhe tiram do sério dia após dia. Com a falta de
boas perspectivas para o país.
A população
brasileira está alarmada é com monstros do presente que se revelam na inépcia
do governo em cumprir seus compromissos. Na incapacidade de entregar aos cidadãos
os benefícios com os quais acenou por anos, mas que nunca chegam.
Daí que três em cada
quatro brasileiros querem um Brasil diferente do que aí está. E não será com o
partido que governa o país há 12 anos e já demonstrou os limites e os vícios de
sua prática política que se alcançará a mudança necessária. Tampouco com o PT
travestindo-se do que há muito deixou de ser e distorcendo a história da qual
pretende se apropriar.
No Brasil de hoje, a
desesperança juntou-se ao medo. E a propaganda petista espelha isso. “É um sinal
de fraqueza, quase desespero”, resume João Paulo Peixoto, cientista político da
UnB, n’O Globo. A peça é “talvez um
pouco triste demais para quem também precisa vender esperança”, avalia Fernando
Rodrigues na Folha de S.Paulo.
A dura realidade, esta
megera, esta estraga prazeres, ocupa-se em desmentir os petistas e o discurso
oficial. Em suas andanças pelo país, cada dia mais intensas, a presidente Dilma
Rousseff vende um Brasil que não existe, um governo que jamais saiu da pré-escola,
uma gestão que se especializou em produzir desastres.
Ontem, no Nordeste, a
presidente disse que os governos do PT são mestres em planejar e em bem executar. Afirmou
isso em referência a uma obra que deveria ter ficado pronta quatro anos atrás, até
hoje teve menos de 60% executados e não será concluída antes do fim de 2015,
oito anos depois de iniciada: a transposição das águas do rio São Francisco.
A presidente
justifica a inépcia na execução da transposição ao “aprendizado” a que os
petistas tiveram que se submeter após o início da execução da obra, cujo custo até
agora mais que dobrou. Governo não é lugar de fazer pós-graduação; governo é
lugar de servir à nação. “Éramos bastante inexperientes”, admitiu
Dilma. Eram? Ou ainda são?
A lista de
improvisos, remendos e marretas deste governo é quase interminável. O que dizer
do “planejamento” para conter a inflação por meio da manipulação deslavada de
tarifas públicas, como admite, com todas as letras, o ministro da Casa Civil,
Aloizio Mercadante, em entrevista à Folha
publicada hoje?
São monstros como
estes que aterrorizam o dia a dia dos brasileiros. Mas, ao ver-se prestes a ser
apeado do poder, o PT prefere fabricar fantasmas e investir num discurso que
beira o desespero. Se fossem tão competentes quanto apregoam, os petistas não
estariam tendo que jogar tão baixo para tentar ganhar uma eleição na qual vai ficando
cada dia mais evidente que o Brasil inteiro quer vê-los derrotados.
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