A realidade tem se
ocupado de desmentir as barbaridades que os petistas dizem ou cometem. As
respostas nem demoram mais a vir. São os limites de um governo moldado no
marketing e na farsa se impondo. Acontece tanto na política, quanto na economia
ou em iniciativas que deveriam ser meramente administrativas, mas costumam ser
sempre eleitoreiras.
O julgamento do
mensalão, por exemplo, resultou na condenação e na detenção de réus que foram transformados,
pela narrativa petista, em “presos políticos”. A cinematográfica fuga e a
prisão de Henrique Pizzolato, ocorrida ontem na Itália, mostram, mais uma vez,
que não se trata de nada disso: são meros petistas presidiários. Um bando
deles.
Pizzolato é uma
síntese perfeita do arrivismo e do oportunismo que acompanham petistas que
ascenderam ao poder. No comando de uma das mais ricas diretorias do maior banco
do Brasil, amealhou fortuna digna de nota. Descrito como “meticuloso, disciplinado
e excelente estrategista”, tinha 11 imóveis em julho de 2005, época em que veio
à tona que recebera R$ 326 mil do esquema do mensalão.
Sua estratégia para
fugir do acerto de contas com a Justiça brasileira é antiga. Começou a ser
traçada oito anos atrás, como mostrou o Correio
Braziliense no domingo. Neste ínterim, o ex-diretor do Banco do Brasil
desfez-se de parte dos bens e divorciou-se da mesma mulher com quem vive até
hoje para tentar livrar seu patrimônio do arresto. Ainda assim, mantém até hoje
fortuna avaliada em R$ 6 milhões e aposentadoria de R$ 20 mil.
Sobre Pizzolato, a
maior dúvida agora é se ele será merecedor da solidariedade e dos punhos
cerrados de gente como o deputado André Vargas ou se será aquinhoado com a
vaquinha amiga de companheiros para pagar as multas do mensalão – cuja origem sabe-se
lá qual é... Ou, quem sabe, Pizzolato merecerá um almoço-homenagem como o que mereceu João
Paulo Cunha, o mais novo presidiário petista da Papuda?
Assim como implodiu
a narrativa petista sobre os mensaleiros, a dura realidade também cuidou de
mostrar a indignidade que acompanha o tratamento dispensado a cubanos
arregimentados pelo Mais Médicos. E logo um dia depois de a
presidente-candidata Dilma Rousseff e o ministro-candidato Alexandre Padilha brandirem
o programa como bandeira eleitoral num ato que deveria ser administrativo.
Ao deixar o posto
que ocupava no Pará, a médica cubana Ramona Rodriguez expôs as condições degradantes
impostas aos profissionais recrutados pelo governo petista junto à ditadura dos
irmãos Castro. Ela recebia apenas US$ 400 dos alardeados R$ 10 mil que a gestão
Dilma diz oferecer como bolsa. Além disso, foi recrutada por uma S.A. cubana e
não pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), como divulgara o governo.
Também na economia,
a chata realidade teima em desmentir o trololó petista. No mesmo dia em que Dilma
comandava uma operação-abafa no Planalto para negar a ameaça de racionamento e
seu ministro de Minas e Energia afirmava que o risco de apagões era “zero”, 13
estados do país ficaram quase duas horas às escuras.
O sistema elétrico
brasileiro está hoje no fio da navalha, operando sem sobra de energia, com os
mais altos custos da história, com empresas em processo falimentar e o Tesouro
vergado por subsídios bilionários decorrentes da redução truculenta das
tarifas. É a realidade mostrando que, na marra, as coisas não se resolvem. Só pioram.
Para completar, logo
após Dilma apresentar em Davos e enviar ao Congresso uma mensagem sobre a
situação da economia brasileira que mais parece um conto de fadas suíço, o Ministério
da Fazenda se vê obrigado a escalar gente talhada para conquistar a confiança
do mercado e dos analistas, que só conseguem ver um futuro para o país: o fundo
do poço. Se está tudo tão bem, por que Guido Mantega teve que mexer na primeiro
escalão da equipe dele?
Houvesse consistência
em suas ações e palavras, os atos do governo e dos petistas não estariam
esboroando como castelos de areia na beira da praia. Nem é a oposição que os
derrota; é a mera realidade dos fatos. Num governo em que a presidente é
tutelada desde o primeiro dia e o mais poderoso ministro é o da propaganda, não
poderia ser diferente.
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