O levantamento mostra que o grau de confiança da população na
instituição “presidente da República” caiu de 63 em 2012 para 42 neste ano. Foi
a maior queda medida pelo Ibope, tanto em termos absolutos (21 pontos), quanto
relativos (33%), nesta rodada – a quinta desde que a pesquisa anual passou a
ser feita, em 2009.
A brutal queda na percepção positiva que os cidadãos têm
sobre a figura da presidente da República também representa o triplo da redução
média verificada na confiança que os brasileiros nutrem pelas instituições do
país em geral, que foi de 7 pontos ou 13%: passou de 54 para 47 pontos, numa
escala que vai de 0 a 100.
Desde que Dilma assumiu o governo, há dois anos e meio, a
confiança dos brasileiros na figura da presidente já caiu quase 40%. Até a
gestão passada, a Presidência era considerada a 3ª instituição mais confiável,
atrás apenas dos bombeiros e das igrejas. Hoje, é apenas a 11ª mais respeitada.
“No primeiro ano de governo de Dilma Rousseff, seu índice de
confiança caiu de 69 para 60. Recuperou-se para 63 no ano seguinte, e despencou
agora para 42 – uma nota ‘vermelha’. Em um ano, saiu da 4ª posição no ranking
para a 11ª. Nenhuma outra instituição perdeu tantas colocações em tão pouco
tempo”, informa O Estado de S.Paulo, que divulgou os resultados da pesquisa do Ibope, chamada Índice de
Confiança Social.
Em regiões e grupos sociais específicos, a presidente goza
de ainda menos confiança junto aos brasileiros. No Sudeste, seu índice caiu de 60
para 34 em um ano. Entre as classes A e B, chegou a 36. Só o Nordeste e as
classes D e E continuam salvando Dilma de uma avaliação ainda mais amarga.
Entre 2012 e 2013, a queda de confiança foi generalizada e
atingiu todas as 18 instituições pesquisadas. Mas as únicas com desempenho tão
negativo quanto a presidente da República são o governo federal, com queda de
23% desde 2012, e o sistema público de saúde, com perda de 24%. Ou seja, também
estão intimamente relacionadas ao desempenho da atual gestão. Todas as demais instituições perderam
menos de 20% entre um ano e outro.
O levantamento vem se somar às pesquisas de opinião pública mais
recentes, que demonstram a ascendente desaprovação da população brasileira ao jeito
Dilma de governar. Fica cada vez mais evidente sua incapacidade para enfrentar
os crescentes problemas que o país atravessa. Fica cada vez mais nítida sua
falta de talhe para o cargo. A rainha está nua.
Cada vez mais, os brasileiros vão se apercebendo que estão
diante de um governo sem norte, sem comando, sem outros propósitos que não seja
unicamente preservar, a todo o custo, o poder conquistado e exercido ao longo
de uma década.
O governo Dilma está se notabilizando por conduzir o país a
um grau alarmante de paralisia e de preocupante desorientação. Suas propostas e decisões
não conseguem sobreviver ao choque da realidade. Suas ideias não correspondem
aos fatos. Suas intenções esbarram na inépcia de quem não se mostra capaz de transformar
o que é papel e saliva em realidade.
Suas muitas promessas continuam sem ser cumpridas – vide o
que acontece em qualquer uma das áreas de infraestrutura, das ferrovias aos
aeroportos e estradas. Sua incapacidade para enxergar o óbvio chega a cegar – veja-se
o risco ascendente que agora rondam as privatizações que o governo federal pretende
levar adiante nos próximos meses.
A indústria definha, num ziguezague que só tende a levá-la
ainda mais fundo para o buraco. O comércio exterior nunca esteve tão mal,
abatido por importações cavalares de petróleo num país que até outro dia se dizia
autossuficiente. Os serviços públicos continuam em petição de miséria – na
pesquisa do Ibope, o sistema de saúde só não é mais mal avaliado que o Congresso
e os partidos políticos.
É inegável que a perda de confiança da população na figura que
exerce a função mais importante no país acaba respingando nas demais esferas. Com
sua péssima atuação à frente do governo, a presidente está conseguindo erodir não
apenas o seu capital político, mas também depreciar ainda mais todas as
instituições da República. A dose de malefícios que ela está impondo ao Brasil já
ultrapassou os limites. A pesquisa feita pelo Ibope é o retrato mais fiel de
que o tempo de Dilma Rousseff passou.
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