Não deve estar muito
tranquila a situação nas hostes governistas. A realidade não está se
comportando como planejado pelo marketing oficial e a presidente Dilma Rousseff
está derretendo nas pesquisas de opinião. A ojeriza ao governo dela é hoje até
maior do que aquela que levou milhões a protestar nas ruas no ano passado. A
petista é um fiasco.
Neste fim de semana,
o Datafolha divulgou
nova rodada de pesquisas eleitorais e de avaliação de governo. O dado mais
forte foi a queda de seis pontos na intenção de voto na presidente, que passou de
44% para 38% desde fevereiro. Com este percentual, Dilma ainda venceria a
eleição no primeiro turno. Mas como levar isso ao pé da letra, se, por
enquanto, só ela está na disputa? Trata-se de embate, por ora, bastante desigual.
As intenções de voto
em Dilma não despencaram à toa. A população brasileira está detestando a administração
da petista. Natural supor que, tão logo passem a identificar melhor que há
alternativas ao modelo que há 12 anos está aí, os eleitores desembarquem com
ainda mais força do barco da presidente. Motivos para isso têm de sobra.
Há uma decepção
generalizada com a gestão de Dilma. Hoje, 63% consideram que ela faz pelo país
menos do que esperavam. Há um ano, eram 34% os que pensavam a mesma coisa, ou
seja, o contingente dos insatisfeitos praticamente dobrou. O que mais desagrada
à população é o trato que a presidente dá a temas econômicos. Cresce,
principalmente, o temor frente à escalada da inflação.
Atualmente, ainda
segundo o Datafolha, 65% dos brasileiros acreditam que a inflação vai aumentar.
Ou seja, duas de cada três pessoas têm percepção negativa sobre o comportamento
dos preços – o que não é difícil: basta ir à feira e ao supermercado para
constatar que tudo, tudo mesmo, ficou muito mais caro nos últimos tempos. Em 12
meses, a expectativa negativa em relação à inflação cresceu 20 pontos.
Também aumentaram o pessimismo
em relação ao poder de compra dos salários, à situação econômica geral do país
e ao emprego. Para 45% dos entrevistados, o desemprego vai piorar no país. Trata-se
da mais alta taxa com esta percepção desde a posse de Dilma e equivale a
praticamente o dobro de três anos atrás.
Resta claro que as coisas
não estão saindo como planejado pelo marketing petista. Em outubro do ano
passado, João Santana, o 40° ministro do governo Dilma, previu
que a presidente recuperaria toda a sua popularidade até o fim de 2013.
Magnânima, veria uma “antropofagia de anões” entre seus adversários. Não é isso
o que aconteceu.
A avaliação da
presidente é hoje tão ruim quanto era no auge dos protestos do outono de 2013.
O percentual dos que consideram seu governo ruim ou péssimo é recorde: 25%, os
mesmos anotados na pesquisa que o Datafolha fez em fins de junho do ano
passado. Os que a consideram ótima ou boa somam 36%, levemente acima dos 30%
daquela época. Não é situação confortável.
O sentimento
dominante na população brasileira é de mudança. Segundo o Datafolha, 72% dos
entrevistados querem novos rumos para o país. O desejo pela renovação vem sendo
captado pelos institutos de pesquisa desde meados do ano passado. Vinha oscilando
em torno de 66% e agora atingiu seu patamar mais alto.
Na média, a
administração de Dilma leva nota 5,9, apenas minimamente acima dos 5,8 registrados
durante os protestos de junho – índice mais baixo deste governo. Trata-se de
uma boa síntese da gestão da petista: se fosse aluna de uma instituição séria de
ensino, Dilma Rousseff não passaria de ano. Como é uma má presidente da
República, não emplacará seu segundo mandato. Os brasileiros a derrotarão nas
urnas em outubro.
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