O partido tinha somente
seis anos de fundação quando chegou ao poder federal, com a eleição de Fernando
Henrique Cardoso. Mas, baseado num projeto claro para o país e uma firme determinação
para levá-lo adiante, o PSDB logrou dois feitos históricos ao longo de apenas dois
mandatos presidenciais: debelar a hiperinflação e implantar uma abrangente rede
de proteção social, que iniciaram o resgate da nossa enorme dívida com os mais
pobres.
O Plano Real é uma
obra de sucesso que está no alicerce do Brasil tal como o sabemos hoje. As gerações
atuais só conhecem o fenômeno do descontrole de preços por meio dos livros de História.
Mas, por décadas, a hiperinflação tolheu as perspectivas dos brasileiros,
travou nosso desenvolvimento e nos alijou do concerto das nações – basta lembrar
que, no ano de 1993, o índice de preços medido pelo INPC chegou a 2.489%.
A conquista da
estabilidade econômica era, porém, apenas o pré-requisito necessário para que o
governo tucano desenvolvesse as ações que realmente interessavam: a montagem de
uma robusta política social destinada a combater a pobreza no país, composta
por um leque de iniciativas coordenadas para atacar suas causas estruturais e por
programas de transferências diretas de renda aos cidadãos.
Os resultados desta
arquitetura não tardaram. Fernando Henrique herdara um governo ainda em
processo de recuperação depois do estrago feito pela gestão Collor, mas, ao
final de apenas oito anos, conseguiu legar ao país um arcabouço que já congregava
12 programas sociais de âmbito federal e concedia mais de 37 milhões de
benefícios, com investimentos superiores, à época, a R$ 30 bilhões, conforme consta
do balanço
oficial da gestão tucana.
Quando o governo do país foi transferido
ao PT, o número de famílias beneficiadas já chegava a quase 15 milhões, entre contemplados por programas de transferência de renda criados na
gestão tucana, aposentados rurais, idosos ou pessoas com deficiência atendidas
por benefícios continuados.
“Consequência: entre
1994 e 2001, a participação dos gastos sociais no orçamento federal passou de
23% para 28,3%, elevação real de quase 70%. Os dispêndios na área social
atingiram 3% do PIB nacional”, relata o Instituto FHC em documento
sobre as políticas sociais do período divulgado nesta semana.
As iniciativas
implementadas no governo do PSDB são a base do Brasil moderno, como também
reconheceu o Pnud em
seu mais recente Relatório de Desenvolvimento Humano. O ano de lançamento do Plano
Real é apontado como marco inicial da “transformação do Brasil num Estado
orientado para o desenvolvimento”, a partir de quando ocorreu a “introdução de
programas sociais inovadores que permitiram reduzir a pobreza e as
desigualdades de rendimento”.
O órgão da ONU vai
mais longe: os anos tucanos foram o período de maior prosperidade no país desde
que o Pnud passou a calcular o IDH, em 1980. De 1990 a 2000, a média anual de
crescimento do índice no Brasil foi de 1,26%. Isso significa que, entre as 94
nações consideradas de desenvolvimento humano muito elevado ou elevado, apenas
Irã e Tunísia superaram o desempenho brasileiro naquela década.
O que aconteceu a
partir de então foi bem diferente. Entre 2000 e 2012, a média de crescimento do
IDH brasileiro decaiu para 0,73% ao ano. “Entre todos os países que hoje
compõem o ranking, nada menos que 74 aceleraram a uma velocidade maior que a
nossa no período”, mostrou o Instituto Teotônio Vilela em edição recente do Brasil Real.
Os avanços de um país
são, sempre, fruto de processos sucessivos e incrementais. Quando alinhados na
direção correta, se complementam, se somam, independentemente de que está no
comando da nação. Esta é a boa política, orientada a produzir bem-estar para as
pessoas que realmente necessitam da ajuda do poder público.
O PT, infelizmente, não
reconhece isso. Talvez por ignorância ou, mais provavelmente, por uma mistura
de má-fé, oportunismo político e desonestidade intelectual. Mas não importa: o
Brasil sabe que quem criou a política de proteção social que tirou milhões da
pobreza e chega até os dias atuais foi o PSDB. Esta história, ninguém nos tira.
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