Mas um indicador
resume com precisão a indigência em que o país foi enfiado pelo governo da
presidente Dilma Rousseff: o que mede a nossa competitividade em relação ao
resto do mundo.
Por sorte do
governo, a divulgação
do novo ranking global aconteceu no meio do feriadão e passou meio despercebida
na leva de más novas. Mas ele merece ser analisado em detalhes, porque a fotografia
que traz do país é muito feia.
O Brasil voltou a
cair no ranking feito pelo International Institute for Management Development
(IMD), uma das maiores escolas de negócios no mundo, sediada na Suíça. Figuramos
agora na 51ª posição numa lista que tem 60 países. No ano passado, o país
estava em 46º lugar.
O tombo foi grande,
mas uma visão em retrospectiva revela queda ainda mais espetacular. Em 2010, o
Brasil ocupava a 38ª posição no ranking
do IMD. Isto significa que, nos anos Dilma, perdemos 13 colocações e nos
tornamos o país com o pior desempenho no período.
Repetindo: ninguém caiu
tanto no mundo no quesito competitividade nos últimos três anos quanto o Brasil
da presidente Dilma. Desde 2011, as nossas quedas no ranking do IMD foram constantes
e sucessivas.
Na lista geral, agora
só estão abaixo de nós a Eslovênia, a África do Sul, a Grécia, a Romênia, a
Jordânia, a Bulgária, a Croácia, a Argentina e a Venezuela, nesta ordem. Todos,
de certa forma, já estavam no buraco. A novidade é que o Brasil foi se juntar a
eles nos últimos anos.
Os Estados Unidos
recuperaram o topo da lista, que tem ainda Suíça, Hong Kong, Suécia e Cingapura,
nesta ordem. São países cujo sucesso baseia-se em orientar sua atividade
manufatureira para a exportação, diversificar os produtos fabricados, fortalecer
pequenas e médias empresas e apostar fundo na disciplina fiscal, segundo avalia
o IMD.
Olhando-se os
fatores que compõem o indicador geral fica mais clara a cota de participação do
governo da petista no desastre brasileiro: no quesito “eficiência governamental”,
que mostra como as políticas públicas colaboram ou não para a competitividade
do país, estamos em 58º lugar, à frente apenas da Argentina e da Venezuela – quem
mais, senão eles, poderia sair-se tão mal?
O que impede o naufrágio
completo do Brasil é o desempenho no item “eficiência nos negócios”. Mesmo caindo
13 posições desde 2010, ainda estamos em 37º lugar neste quesito. Em “desempenho
econômico”, o Brasil surge em 42º e em “infraestrutura”, em 50º, sem alterações
relevantes nos últimos anos.
O IMD analisou o
desempenho dos países ao longo dos últimos 25 anos, durante os quais vem
fazendo, sistematicamente, o acompanhamento sobre a competitividade das
economias ao redor do mundo. Com crueza, dividiu os países estre “vencedores” e
“perdedores”. Adivinha onde o Brasil ficou? (Em 1997, estávamos na 34ª colocação.)
Para quem acompanha
o dia a dia da economia brasileira, o ranking da instituição suíça apenas
traduz em números o que é evidente a olho nu: um país travado, estrangulado,
garroteado por uma má administração. Uma economia em que consumo e produção estão
em flagrante desequilíbrio e os investimentos, principalmente em
infraestrutura, simplesmente não acontecem.
Estamos pagando a
conta de uma postura intervencionista que interferiu na dinâmica da economia de
maneira deletéria, minou a força de agentes econômicos e desorganizou ainda
mais a atividade produtiva. Num mundo cada vez mais competitivo, o Brasil escolheu
seguir o caminho mais difícil, que nos levou ao pântano de onde a presidente
Dilma Rousseff não demonstra a menor aptidão para nos tirar.
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